AMULETOS
AMULETOS
Penas,areia, cerâmicas, cianita, selenita, sodalita,
pedra de minério de ferro, quartzo azul, ferro, tecido e miçangas de vidro
260m²
2025
SculptureCenter
Por trás do visível, existe algo invisível no comportamento da terra que me fez pensar acerca de como o reino mineral poderia ser um amuleto para si mesmo. Penas e nós são, respectivamente, o material e o gesto tipicamente presentes na confecção de amuletos em diferentes contextos. Nessa exposição quis pensar na existência do amuleto mais através do gesto do que através do objeto em si. Os amuletos são geralmente entendidos como pequenos itens que as pessoas carregam no bolso, mas eu quis expandir a percepção do amuleto como algo que pode ser a totalidade, não apenas o detalhe. Para mim o que afirma a presença de um amuleto é o modo de fazer.
Nessa exposição volto o meu olhar para as erupções dos vulcões, que são momentos onde a terra inflama um sentimento e compartilha essa afeição com a superfície do mundo. O magma sobe em um movimento vertical, mas, ao mesmo tempo, também flui horizontalmente. Quando um vulcão entra em erupção, o que ele derrama é a paisagem.
Reflito também sobre a movimentação do terremoto tendo como base a filosofia bantu, onde a ideia de ascensão, diferente da lógica europeia, não se dá somente em direção ao céu, mas é multidirecional. O terremoto é um momento em que a terra ascende para cima, para os lados, e principalmente para baixo, em sua principal ascensão que é o aprofundar-se no chão.
Observo também a dança entre o ferro e o níquel no núcleo da terra à aproximadamente 3000ºc, que sustenta a energia do centro do planeta. A possibilidade de estar em órbita é construída entre o visível e o invisível, entre o palpável e o sentido, e é a partir dessas possibilidades que estão presentes no corpo da matéria que imagino lugares de proteção onde os minerais possam existir frente as dinâmicas extrativistas do capitalismo. A terra pode ser então um amuleto de si para si.
A exposição é dividida em 8 pequenas instalações que criam juntas uma grande instalação única. Essas são:
Penas,areia, cerâmicas, cianita, selenita, sodalita,
pedra de minério de ferro, quartzo azul, ferro, tecido e miçangas de vidro
260m²
2025
SculptureCenter
Por trás do visível, existe algo invisível no comportamento da terra que me fez pensar acerca de como o reino mineral poderia ser um amuleto para si mesmo. Penas e nós são, respectivamente, o material e o gesto tipicamente presentes na confecção de amuletos em diferentes contextos. Nessa exposição quis pensar na existência do amuleto mais através do gesto do que através do objeto em si. Os amuletos são geralmente entendidos como pequenos itens que as pessoas carregam no bolso, mas eu quis expandir a percepção do amuleto como algo que pode ser a totalidade, não apenas o detalhe. Para mim o que afirma a presença de um amuleto é o modo de fazer.
Nessa exposição volto o meu olhar para as erupções dos vulcões, que são momentos onde a terra inflama um sentimento e compartilha essa afeição com a superfície do mundo. O magma sobe em um movimento vertical, mas, ao mesmo tempo, também flui horizontalmente. Quando um vulcão entra em erupção, o que ele derrama é a paisagem.
Reflito também sobre a movimentação do terremoto tendo como base a filosofia bantu, onde a ideia de ascensão, diferente da lógica europeia, não se dá somente em direção ao céu, mas é multidirecional. O terremoto é um momento em que a terra ascende para cima, para os lados, e principalmente para baixo, em sua principal ascensão que é o aprofundar-se no chão.
Observo também a dança entre o ferro e o níquel no núcleo da terra à aproximadamente 3000ºc, que sustenta a energia do centro do planeta. A possibilidade de estar em órbita é construída entre o visível e o invisível, entre o palpável e o sentido, e é a partir dessas possibilidades que estão presentes no corpo da matéria que imagino lugares de proteção onde os minerais possam existir frente as dinâmicas extrativistas do capitalismo. A terra pode ser então um amuleto de si para si.
A exposição é dividida em 8 pequenas instalações que criam juntas uma grande instalação única. Essas são:
- Equilíbrio
- Terremoto
- Erupções
- Termômetro 1 e 2
- Dança
- Vunji 1 e 2